Uma figura humana de mãos abertas, de onde saem faíscas de amor representadas por corações flamejantes. As chamas de amor fluem para o alto, conectando-se a uma luz celestial no céu, como se estivessem ascendendo ao Criador. Ao redor da figura, símbolos de cura e paz aparecem em formas abstratas, misturados com a energia do amor incondicional.
“Ame ao próximo como a si mesmo. O restante é apenas comentário.”
Quando compartilhamos, muitas vezes acreditamos que merecemos algo em troca, por sermos tão “generosos”. Pode ser que esperemos um favor de volta ou ao menos algum sinal de gratidão. Às vezes, pensamos até que merecemos bênçãos do Criador – afinal, estamos compartilhando, não é? Mas quando focamos no que podemos receber, seja fisicamente, emocionalmente ou espiritualmente, nossas ações deixam de ser verdadeiramente altruístas e, por isso, não são realmente incondicionais.
O amor incondicional é o nível mais elevado de compartilhamento. No entanto, atingir esse patamar não acontece da noite para o dia – é um processo que percorremos ao longo da vida. Há uma história que conta que um professor foi desafiado a explicar toda a sabedoria da Kabbalah enquanto ficava em um pé só. Ele levantou o pé e disse: “Ame ao próximo como a si mesmo. O restante é apenas comentário.” Essa história nos lembra poderosamente que todos os preceitos e ensinamentos da Kabbalah são ferramentas para nos ajudar a alcançar o amor incondicional. Precisamos dessas ferramentas porque essa jornada não é fácil, mas, quanto mais praticamos o amor incondicional, mais fácil se torna.
Aqui estão 5 maneiras de praticar o amor incondicional:
1. Compartilhe com a intenção de se conectar ao Criador.
Nossas intenções são fundamentais. Quando amamos incondicionalmente e compartilhamos de forma genuína, conectamo-nos diretamente ao Criador, pois estamos imitando Sua essência, alinhando nossos pensamentos e ações. Essa conexão é o que revela uma Luz imensa e ajuda a curar o mundo. Nosso único propósito deve ser este: ser como o Criador e trazer Luz ao mundo, sem focar no que podemos obter dos outros ou do Criador.
2. Desapegue-se.
É natural que nos apeguemos às coisas da vida – sejam bens materiais, como dinheiro e propriedades, ou expectativas e orgulho. Muitas vezes, esses apegos são tão fortes que, quando algo não sai como planejado, sentimos frustração. Esse sentimento é um sinal de que estamos apegados ao modo como acreditamos que as coisas deveriam ser. Quando fazemos isso, estamos dizendo ao Criador que sabemos mais do que Ele. O apego nos afasta do Criador e nos mantém presos ao egoísmo.
3. Diminua o ego.
O ego nos faz acreditar que merecemos coisas em troca de nossas boas ações. Ele nos diz: “Sou uma boa pessoa, por isso mereço isso em troca.” No entanto, essa atitude nos cega para as áreas em que precisamos melhorar. Ao focar em nossa conexão com o Criador e nos empenharmos em identificar nossas falhas, podemos lutar contra o ego. Quanto mais diminuímos o ego, mais somos capazes de trabalhar em nossa alma, tornando-nos seres mais altruístas e amorosos.
4. Cuide de si mesmo, corpo e alma.
Quando estamos cansados e estressados, fica muito mais difícil cuidar dos outros. Pode parecer egoísta tirar um tempo para si, mas, se o fizermos com o propósito de nos colocarmos em um estado de bem-estar para podermos ajudar melhor os outros, isso se torna um ato de generosidade. Quando estamos felizes e saudáveis, podemos compartilhar de forma mais eficaz. Cuidar de si mesmo é um passo importante para poder oferecer mais aos outros.
5. Ame a si mesmo, apesar das falhas.
Quem não consegue se amar não consegue amar aos outros. Embora seja importante buscar melhorar e corrigir nossos erros, também é crucial que nos amemos e nos respeitemos. Não é uma contradição. Assim como enxergamos uma criança que faz birra como alguém que ainda é puro em essência, devemos nos ver da mesma maneira. Nossas almas são uma centelha perfeita do Criador, mesmo que, às vezes, nossas ações não reflitam isso. Isso apenas significa que temos áreas a desenvolver.
Chegar ao ponto de amar incondicionalmente é uma tarefa árdua. Mesmo sabendo da importância desse amor, muitas vezes esquecemos de praticá-lo no dia a dia. É um compromisso para a vida toda, um processo de transformação que nos torna seres melhores e nos aproxima de um mundo mais iluminado e curado.